terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

CARNAVAL-2009-BLOCO KAMBINDA-TPST-HOMENAGEM A JOÃO CANDIDO


João Cândido
(1880 - 1969)

Militar brasileiro, líder da Revolta da Chibata. João Cândido Felisberto nasceu em 24 de junho de 1880 em Encruzilhada, Rio Grande do Sul, numa família de ex-escravos. Entrou para a Marinha aos 14 anos (naquele tempo era permitido recrutar menores), como fizeram muitos outros filhos de escravos. Em 22 de novembro de 1910, durante uma viagem do encouraçado Minas Gerais para o Rio de Janeiro, um dos tripulantes, Marcelino Rodrigues Menezes, é punido com vinte e cinco chibatadas por desobedecer ordens superiores, conforme as leis militares da época (no Exército o uso de chibata já havia sido abolido em 1890). Mesmo desmaiado, o militar continuou a ser surrado. Lideradas por João Cândido, a tripulação revoltou-se, o comandante foi morto e os demais oficiais fugiram da embarcação. O motim é seguido por outras embarcações militares que ficam nas mãos de cerca de dois mil marinheiros e passam a ameaçar bombardear o Rio de Janeiro. "Queríamos combater os maus-tratos, acabar com a chibata. O caso era só este", diria em 1968, João Cândido. Além da abolição das punições corporais, os revoltosos exigem aumento de salário, limitação da jornada de trabalho e anistia. O governo do Presidente Hermes da Fonseca promete cumprir a primeira e a última reivindicação. Em 25 de novembro os marinheiros se rendem. Pouco depois, uma nova rebelião de marinheiros ocorre no quartel da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. João Cândido é acusado de incitar a nova rebelião e é expulso da Marinha. Ficou preso com dezessete outros líderes numa solitária do Batalhão Naval na Ilha das Cobras. Devido a cal usada durante a lavagem da cela, dezesseis marinheiros morreram sufocados e sob grande sofrimento após a evaporação da água usada na limpeza. João Cândido é um dos dois sobreviventes. Após sua expulsão, chegou a ser internado na Casa dos Alienados, na Praia Vermelha, Rio de Janeiro. Em 1928, sua segunda mulher comete suicídio. Nos anos 30, adere ao Integralismo e se filia à Ação Integralista Brasileira - AIB, organização nacionalista liderada por Plínio Salgado, mas abandona o movimento queixando-se da falta de uma liderança forte. Teve 12 filhos de quatro casamentos. Devido à expulsão da Marinha não mais conseguiu emprego fixo, trabalhando até o fim da vida como estivador e carregador de peixe na Praça XV, no Rio de Janeiro. O "Almirante Negro", como ficou sendo conhecido, faleceu em São João do Meriti, no Rio de Janeiro, em 6 de dezembro de 1969.

Apresentações:

- QUARTA-FEIRA dia 18/02/2009, Teatro Popular Solano Trindade às 17:00hs, no Parque Francisco Rizzo ( MARACATU).Embu das Artes-sp

- SEXTA-FEIRA dia 20/02/2009,Ilú obá de min(HOMENAGEM A RAQUEL TRINDADE À KAMBINDA) Teatro Popular Solano Trindade desfile às 19:00hs saindo do Viaduto Majó Kedinho ( antigo Estadão) até Largo do Paisandu (MARACATU).centro-sp

- DOMINGO dia 22/02/2009, BLOCO KAMBINDA-homenagem João Candido(o almirante negro) desfile às 19:00hs no Parque Francisco Rizzo.(abertura show Jorge Ben Jor)Embu.

- SEGUNDA-FEIRA 23/02,BLOCO KAMBINDA desfile às 19:10hs no Jardim Santa Teresa.

- TERÇA-FEIRA 24/02,BLOCO kAMBINDA desfile às 19:10hs no Parque Francisco Rizzo.

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